Certo dia a encontrei
Por acaso, em meu caminho
Para ela acenei
Ela disse: “oi, anjinho”!
Um par de asas me ergueu
Nem o chão sentia mais
Musa de meus madrigais
Quero agora um beijo seu.
Tinha um olhar brilhante
Que nem o Sol imitava
Quando ela me beijava
Nada mais era importante
Apanhei-na pela mão
Quando só estrelas via
Sacudia meu coração
Revolvido de alegria.
Mas o anjo se quedava
Ao amanhecer o dia
Em seus sonhos ruminava
Sempre a mesma fantasia.
Por saudade do amor
Que queria recomeçar
Alguém na porta tocou:
“Oi anjinho, vamos voar”.
(João Guedes)
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