domingo, 15 de agosto de 2010

próxima estação

Flameja na barra distante
o sonho que meus pés já pisaram
com a nudez das solas tenras,
deixando na trilha ruiva
o gosto da volta,
a solidez da raiz ganhando o entorno do tórax
e o sopro do vento
volvendo a carga de galardões
por me aproximar do que sempre fui
com a água, o sal e todos os reveses e ditas
que me compuseram nas primeiras manhãs
fora do ventre materno.

[j. guedes]