Prendeu a respiração antes de encafuar o último segredo,
Reservado nos murmúrios mais acanhados de uma rara cumplicidade.
Naquele momento, apoderava-se-lhe uma sensibilidade vasqueira;
as têmporas palpitavam com mais força,
a lhe entregar um grave enjôo.
Ergueu-se a derradeira poeira.
Suspirou, desfazendo-se daquele ar viciado de incerteza
E emborcou-se numa pseudo-segurança,
Entregue à ordem do mais particular poder
Até que o Sol foi mais forte
E desvelou o meandro das possibilidades,
Tornando a adversidade uma leda impressão.
Tudo muito Claro. Claramente,
Como assim passava a proceder
Em seu mais íntimo realengo.
[j. guedes]
7 comentários:
deliciosa massagem literária..
Oi,
Muito curioso, o seu estado poético: vi nesse poema o que também está presente no poema "reveses": uma mudança aliviante com a chegada do "Sol". Só que em "último segredo" essa mudança aparece mais para o lado mais interno, pessoal, subjetivo. O sol é um símbolo que conota vigor, força, vitalidade...
Oi, Ana,
A luz psicológica que irradia de seu comentário pode devassar meus segredos... (risos)
Obrigado.
A respiração é o último segredo de tudo. Que viagem de fuder foi essa, velho?
Ah, então é verdade! Sua palavras são puras...
Bjo.
"A poeira é só a vontade que o chão tem de voar..."
passeios noturnos, pelo planeta terra.
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