domingo, 17 de junho de 2007

diamantes líqüidos


Diamantes líqüidos
roga a boca do catingueiro
com sua voz minguante
que corta a aridez do ar.

Dentro da ordem de seus ossos
trepida um coração
encharcado de fé
que faz derramar de seus olhos
a certeza imarcescível
de que sua prece
expedir-se-á
para os ouvidos do céu
onde guarda
na escuridão
das formas suspensas
o tesouro
de diamantes líqüidos.

(João Guedes)




Um comentário:

Anônimo disse...

achei esse poema muito precioso. tem um mistério muito intenso nele. muito mágico.

beijos.