Manual do Governante
A obra "O Príncipe" equivale-se a um "manual prático" que prescreve a maneira de como governar, angariar e conservar o poder nas mãos do governante. Com seu acurado poder de observação derredor dos fatos históricos, Maquiavel expõe as condições políticas de diversas regiões e deduz que tal governante deve agir de tal forma que o poder conquistado não se desfaleça, exortando, portanto, ações obstantes aos valores morais para atingir o fim almejado pelo governante ("os fins justificam os meios", como o próprio Maquiavel postula). Pode-se, então, inferir que, a partir desse ponto de vista, a obra O Príncipe é uma reunião de preleções destinada PRIMORDIALMENTE ao príncipe, mas de CONSEQÜÊNCIAS que se adaptam ao modelo político conhecido como República. Ou não?
Revolução no Pensamento Político
Sei que essa obra clássica revolucionou o pensamento político, o qual se encontrava, até então, na base do senso comum e que Maquiavel elevou ao platô onde ficam as ciências. Talvez, pela existência de modelos de repúblicas e principados (onde conservam a representação do príncipe) existentes ao longo da linha histórica - a qual serviu de base analítica para Maquiavel -, ele mesmo tentou conceber com muita provisão de competência um pensamento que serviu de generalidade para ambos os regimes que Maquiavel, até então pôde debruçar sua investigação e indução.
Totalizar o Poder dos Principados em um só Poder
A aspiração em transformar a Itália – atrasada em relação a outros Estados europeus daquela época, séc. XVI) – em República foi o impulso primário que levou Maquiavel a produzir seus escritos. O modelo de Estado moderno absoluto, caracterizado pelo poder centralizado nas mãos do rei, era exemplar para resolver a Itália e acabar com a situação de um aglomerado de principados que pulverizava o poder e favorecia incursão e dominação francas por aquelas terras.
(João P. Guedes)
A obra "O Príncipe" equivale-se a um "manual prático" que prescreve a maneira de como governar, angariar e conservar o poder nas mãos do governante. Com seu acurado poder de observação derredor dos fatos históricos, Maquiavel expõe as condições políticas de diversas regiões e deduz que tal governante deve agir de tal forma que o poder conquistado não se desfaleça, exortando, portanto, ações obstantes aos valores morais para atingir o fim almejado pelo governante ("os fins justificam os meios", como o próprio Maquiavel postula). Pode-se, então, inferir que, a partir desse ponto de vista, a obra O Príncipe é uma reunião de preleções destinada PRIMORDIALMENTE ao príncipe, mas de CONSEQÜÊNCIAS que se adaptam ao modelo político conhecido como República. Ou não?
Revolução no Pensamento Político
Sei que essa obra clássica revolucionou o pensamento político, o qual se encontrava, até então, na base do senso comum e que Maquiavel elevou ao platô onde ficam as ciências. Talvez, pela existência de modelos de repúblicas e principados (onde conservam a representação do príncipe) existentes ao longo da linha histórica - a qual serviu de base analítica para Maquiavel -, ele mesmo tentou conceber com muita provisão de competência um pensamento que serviu de generalidade para ambos os regimes que Maquiavel, até então pôde debruçar sua investigação e indução.
Totalizar o Poder dos Principados em um só Poder
A aspiração em transformar a Itália – atrasada em relação a outros Estados europeus daquela época, séc. XVI) – em República foi o impulso primário que levou Maquiavel a produzir seus escritos. O modelo de Estado moderno absoluto, caracterizado pelo poder centralizado nas mãos do rei, era exemplar para resolver a Itália e acabar com a situação de um aglomerado de principados que pulverizava o poder e favorecia incursão e dominação francas por aquelas terras.
(João P. Guedes)