Cerro meus olhos
e na vastidão rubra
o seu capitoso sorriso
desenha-se suavemente,
como a ilharga luminosa
de uma lua crescente
no meio da escuridão do céu,
enfeitando a monotonia
de um espaço baldio.
[j. guedes]
Este postadouro visa a se tornar um vergel de textos sobre impressões da realidade e viagens introspectivas com destino ao reconhecimento da interação do ser com o pensamento,além de exercitar a estética sensorial através de versos. As críticas e suplementos dos leitores são importantes para fertilizar o que se está "versemeando". Enfim, insta-se traduzir sensações para a linguagem textual.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
o mundo fonovirtual
Para onde as músicas se recolhem
depois que se tocam?
Haveria algum arcano
onde elas povoam em latência,
à espera de meios que lhes permitam
minar para o mundo que, por seu turno,
também lhes aguarda consubstanciadas
em admiráveis vibrações?
Creio que a música seja renovável.
O silêncio de seu fim
a recompõe;
em algum recinto etéreo
ela recupera seu fluido
depois de exaurido
o fremir
da derradeira nota...
[j. guedes]
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