quinta-feira, 5 de julho de 2007

solos esquizofrênicos

Naufragado na soledade. A visão é visitada por um
embaçamento. Meus olhos se afogam na umidade de lágrimas
ligeiramente reprimidas. Borro as estrelas.

Um pensamento ancorado no passado; meu presente
inerte, paralisado. Sou movido apenas pela dinâmica dos
devaneios que se fazem anarquistas, independentes de meu
controle; indômitos, selvagens...

Aos poucos, ela desce em meus pensamentos, tão puta
como a tenho conhecido. Conservava-se numa beleza
implacável, os lábios rubros; a pele lisa, revestindo a
exuberância de seu corpo desejado.

O cheiro de lascívia exala na escuridão de meu quarto.
Vedete de meus sonhos que tomam cada vez mais o brio
de pesadelo, por não saber quando a terei novamente ao
meu lado.

Solo em meio ao frio da madrugada.
Por um instante, retorço-me ao mesmo tempo em que
meu corpo fálico rijo e encharcado tanto de sangue
quanto de volúpia esguicha um gozo espesso e quente,
resvalando-se nas costas de minha mão.

Fecho os olhos e sorrio com incontinência.
Ela sussurra nos meus ouvidos agradecendo e me beija.
Em seguida, me acaricia até meu sono pegar embalo. Durmo
pesadamente e, então, ela retorna para a sua sepultura.

(crotalo)

3 comentários:

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

Esse é punheteiro profissional!

Anônimo disse...

Rodrigo, vai tomar no cú, seu filadaputa!