O homem é o ser mais inteligente da face da Terra porque ele foi o único a inventar o lixo.
A partir dessa assertiva notadamente irônica, percebe-se que a suposta inteligência humana -aliás, presumida pelo próprio homem - cunha-se numa audácia inescrupulosa que fére catastroficamente o ciclo de reaproveitamento espontâneo de tudo aquilo que a natureza oferece para a manutenção da vida enquanto fenômeno.
Em vez de "elo perdido", arriscaria, no entanto, denominar "elo rompido", o que fez digredir o homem, através de sua inteligência presumida, de um percurso evolutivo diferente do que se tem seguido.
E quanto mais gente se junta, mais lixo é produzido. Talvez, portanto, o lixo seja conseqüência da invenção da sociedade contingencial, que permitiu aglomerar um número vultoso de indivíduos virtuosos em destrutividade.
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