TRANSLAÇÕES
Fruto do passado
Sou eu, assim, mastigado
Entre essas cruentas engrenagens.
Inanes cinéticas morais
Que desfazem meu estado de evolução.
Sou ensinado, enquadrado,
Quase um robô, só que ainda defeco.
Sou semente irrompida para conceber família
E formar outras matilhas no trabalho, nos clubes,
A custa de um sonho incorreto, utópico.
Não sou personagem-enredo de meus anseios.
Não pude realizar meus sonhos.
Sou uma semente anômala
Que se esfacela em busca da perfeição.
Hoje sou um pesadelo concreto e animado
Por falhas de previsões.
Eu sou realmente a minha parte desconhecida.
(João Pinto Guedes – Salvador, 2000.)
Fruto do passado
Sou eu, assim, mastigado
Entre essas cruentas engrenagens.
Inanes cinéticas morais
Que desfazem meu estado de evolução.
Sou ensinado, enquadrado,
Quase um robô, só que ainda defeco.
Sou semente irrompida para conceber família
E formar outras matilhas no trabalho, nos clubes,
A custa de um sonho incorreto, utópico.
Não sou personagem-enredo de meus anseios.
Não pude realizar meus sonhos.
Sou uma semente anômala
Que se esfacela em busca da perfeição.
Hoje sou um pesadelo concreto e animado
Por falhas de previsões.
Eu sou realmente a minha parte desconhecida.
(João Pinto Guedes – Salvador, 2000.)