Na direção contrária ou favorável sei que vou andar
Por onde vou, faço de mim o meu verdadeiro lugar
A imensidão de cada passo se revela bem depois
Sem afastar o lado bom que se apontou no coração
E na bagagem um volume bruto de afirmações
Mesmo sabendo a recaída ser possível de chegar
Mais cedo ou tarde, ruindo ilusões, virando a mesa, e a recobrar
Coragem para não ter medo de errar
E o que sobrar do turbilhão voraz que arrasta o que é fugaz
Sou eu de novo, consolidado com o desejo de passar
Descalço e nu, realizado e feito como comecei
Certo de que em meu umbigo não habita nenhum um rei
Na direção por onde vou, sou eu de novo
Levando aceso o meu coração
Consolidando a coragem de passar do turbilhão
E habitar o meu lugar na imensidão.
[j. guedes]